03 março 2009

por enquanto o rio é o mesmo

arrasta uma cadeira e puxa-te o rio. por baixo dessa ponte que vês da janela cheia de luzes há limos verdes e dois ou três peixes gordos a esconder-se dos bicos das gaivotas. este rio podia ser mar com ondas suaves de vento sem sal, mas aqui a luz do dia faz-se água. já é tarde e ameaça ser cedo. daqui a pouco tempo volto ao nosso rio, eu numa ponte, tu noutra, eu numa ponta, tu noutra, e o rio com ondas de limos verdes e peixes gordos escondidos não vão as gaivotas aparecer. voltei a sonhar contigo depois de acordar.

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