Naquele dia não houve palavras. O caderno de capa amarela magro enquanto ela não escrevia nada e as frases sem espaço nem tempo para respirar serenas. Não havia muito a dizer. Estava tudo bem, estava tudo muito bem e não havia reflexões nem balanços nem dúvidas. As músicas eram sempre sorriso, os braços estavam calores quentes e os pés tinham a calma dos grãos frescos de areia e da maré vazia ao fim da tarde.
Foi tudo o que ela disse num fôlego, entre um silêncio antes e o outro que veio depois. É que não havia muito para dizer e ela gostava daquele silêncio.