02 maio 2007

Se...

Se as horas parassem em Lisboa, tinha contado muitos mais mil pingos de chuva antes de fazer as malas. Molhava-me em conta-gotas e regava os campos com estas dúvidas. Sentava os minutos em espelhos de água e respirava-me só a mim. Bebia o cheiro húmido das lágrimas em que apaguei [o quê?] num fuso horário paralelo. Recuperava-te-me. Encontrava-as-nos. Deixava-vos-se. Nascia-lá-já. Mas isto era se as horas parassem em Lisboa.

Arquivo