12 agosto 2010

man, nunca vi tantas estrelas na vida

o corpo deitado na relva, molhada como se tivesse chovido. depois enrolado no cobertor, redobrado nos pés, cortado na linha do pescoço, estava tanto calor em grândola e de repente arrefeceu. o mundo em si-lên-cio-grilo, os olhos presos no céu, milhões de luzes e pó de estrelas, luzes e pó de estrelas a rasgar aquela coisa azul la em cima, a cair, a voar malabarismos. ate perder a conta. ate ter pedido todos os desejos. ate apertar o cobertor contra o corpo, redobrado nos pés, cortado acima da linha do pescoço, e adormecer.

Arquivo