02 agosto 2009

o mar do alentejo, o vinho que sabe às mãos do pai e a música do mundo inteiro a descer as ruas de sines. os pés quase-descalços a descer a manhã para o marquês, a perder-se para os restauradores, a subir o chiado devagar para comprar livros com histórias antigas e outras vidas, os mesmos pés num ritmo calmo que descansam no adamastor a tomar conta das janelas de madeira branca, das varandas com sardinheiras e dos gatos a dormir ao sol nos telhados. a banda sonora de lisboa. os abacates maduros esmagados com cubos de tomate e ramos frescos de coentros. o dia que acaba no mar e volta a nascer no rio. voltei para dançar o tejo.

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