a estrada a cantar com vento no corpo curva no corredor quase-fechado das copas desacelera toca-me baixinho. mergulhar de noite olhos fechados na relva acende as velas e deixa o gira-discos no ar. olha para cima sorri cheira o alentejo parado apaixona-te. molha-se os pés de areia com a lua já a minguar os olhos fecham-te suaves nas mãos dançamos. hoje não vamos subir lisboa até ao castelo nem perder-nos num beco do rio.