Os dias agora são enormes. Cheios de horas e de tempo para tudo. Cheios de notícias e trabalho e amigos e tantos risos e telefonemas e mimos. Cheios de danças e músicas e conversas de ritual de chá que se fazem de segredos e cumplicidade. Cheios de sítios, enquanto as horas são pastilhas elásticas. Cheios de planos de viagens grandes de avião e outras viagens mais pequenas com sabor e cheiro de mar. E depois cheios ainda de conversas com o amor-de-há-muitos-anos e páginas de livros quando as pestanas, cansadas, pedem para fechar devagarinho.