
As pegadas estão verde-erva ou verde-chuva. Frescas. Frias. O mar mantém a espuma esmeralda e as ruas de sol ainda ganham o tom laranja de fim de tarde. A lua, como sempre, uma metade enorme, desenhada em traços largos. Toda a terra, viva e molhada, espera as geadas sob o bafo gelado da tarde. O cheiro dos pinheiros crepita na lareira. O sabor quente e doce do vinho acompanha-me em risos que erguem mantas contra o frio. As estrelas dormem no mesmo sítio, mesmo por cima de mim. Há paz no Alentejo.